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RICHARD GARDNER, A. M.D. is Clinical Professor of Child Psychiatry, Columbia University, College of Physicians & Surgeons, New York City.
Um genitor que inculca a SINDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL numa criança está sem dúvida perpetrando uma forma de abuso emocional e sua “programação da criança” não apenas produz um afastamento que pode perdurar pela vida toda da criança em relação que outro genitor, mas também perturbações psiquiátricas que poderão perdurar por toda vida.
A subtração dos filhos do convívio com outro genitor como uma manifestação da síndrome de alienação parental deveria ser enquadrada sob a categoria de ABUSO CONTRA A CRIANÇA, da espécie mais fragrante.
A subtração conduz a uma brutalização psíquica da criança, destruindo especialmente seu senso de confiança no mundo que a cerca… as conseqüências do “roubo de criança”, são profunda. A criança precisa lidar com o choque, com o repentino afastamento de um dos genitores e de seu circulo social e familiar, e com uma abrupta adaptação ao novo contexto. A criança precisa lidar também com as mentiras que o genitor alienador lhe conta a respeito do outro, como por ex. “A mamãe não ama mais você” ou “ O papai está morto”. Também “O papai é mau e quer roubar você de mim”.
A subtração de criança é sempre planejada de forma inteligente, que para o genitor “alienador” que subtrai seus filhos, as necessidades das crianças são secundarias ao que pretende provocar no outro genitor: agitação, tortura psicológica, etc… As conseqüências que advêm da lavagem cerebral e da programação mental que as crianças sofrem: raiva, medo, perda da autoconfiança e da auto-estima, desenvolvimentos de fobias e depressão, desordens do sono e de alimentação.
“Em geral o genitor subtrator nem mesmo fala sobre o genitor abandonado e espera pacientemente o tempo em que às crianças não perguntam quando ou se podem ver o outro genitor. Essas crianças tornam-se reféns (…) resulta além de qualquer compreensão para as crianças de que se o genitor que foi afastado realmente as amasse descobriria seu paradeiro”. A criança vitima – abusada emocionalmente pelo guardião – culmina pelo desapego pelo progenitor ausente, substituindo todos os sentimentos que tinham da época que conviviam, pelos de quem detém a guarda. Este despego vai gerar na criança o sentimento de desamparo. Desamparada e só, resta á criança um grito de solidão que não é ouvido! Mas que retorna na forma de sintoma. E é no corpo, na doença, que a criança vai deslocar aquilo que teve que abrir mão, o que de mais próprio possui, sua individualidade, subjetividade e desejo. .
Richard Gardner, 1999
filhosfelizes@yahoo.com.br
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